terça-feira, 30 de novembro de 2010

O fracasso da esquerda no Rio de Janeiro

Inicialmente, é preciso elogiar as forças públicas pelo combate ao crime organizado no Rio de Janeiro e em especial ao secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame. O delegado Beltrame é o mais sério e competente policial que o Rio de Janeiro e talvez o Brasil tenha visto surgir nos últimos anos. Talvez – e a apenas um simples talvez – o Brasil esteja diante do sucessor de Romeu Tuma.

Feita essa observação inicial é preciso recordar um pouco a história recente do Rio de Janeiro. Esse belo e tropical estado da União foi governado pelo populismo e o clientelismo oriundo da esquerda. É bom deixar claro que a direita também é populista e clientelista. A violência no Rio de Janeiro remonta aos tempos românticos das décadas de 1940 e 1950. Entretanto, neste período era uma violência considerada dentro da normalidade. Coisa de cidade grande. Na década de 1980 a coisa mudou de figura. Os governos de Leonel Brizola (PDT) criou o mito que o tráfego de drogas é “movimento social” e que bandido é “líder comunitário ou então líder social”. De um lado, Leonel Brizola tinha uma política populista e irresponsável que visava conseguir votos e ajuda-lo a realizar seu grande sonho, ou seja, ser eleito presidente da república. Do outro lado, a massa de pobres abandonados à própria sorte era vista como um forte reduto de um possível movimento de insurreição popular. Movimento que levaria o Brasil a implantar a ditadura socialista. Neste contexto o abandono das periferias por parte do poder público era visto, dentro de um megaprojeto politico, como um mal necessário.

Quem sucedeu Leonel Brizola em sua política oportunista foi o casal Anthony e Rozinha Garotinho. Ambos foram governadores do Rio de Janeiro. E ambos deram continuidade, cada um a seu modo, a política iniciada por seu padrinho político, ou seja, Leonel Brizola. Nos governos Anthony e Rozinha Garotinho foram repetidos a política populista de abandonar a periferia. Novamente o “romantismo” de ver o bandido como “líder comunitário ou então líder social” prevaleceu.

As consequências da política equivocada desenvolvida pelo sistema Brizola-Anthony-Rozinha Garotinho é que o crime se organizou, criou um sistema de “Estado paralelo”, proclamou a autonomia de amplas regiões da cidade frente ao poder da União e, acima de tudo, impôs o medo e o terror aos cidadãos. Para combater essa terríveis consequências o Estado tem que desembolar milhões em reais, fazer megaoperações militares, com o uso até mesmo de tanques de guerra, e colocar em risco a vida de milhares de cidadãos.

As consequências da política populista e irresponsável do sistema Brizola-Anthony-Rozinha Garotinho demostra que a esquerda fracassou no Rio de Janeiro. O grande perigo é que outro sistema de esquerda, representado pelo binômio Lula-Dilma Rousseff, está governando o Brasil. E dessa vez a esquerda não governa apenas uma grande cidade, como, por exemplo, o Rio de Janeiro, mas todo o país. Espera-se que a esquerda não resolva transformar o Brasil numa espécie de Grande Rio, ou seja, implantar a nível nacional a mesma política populista e irresponsável que foi implanta no Rio de Janeiro. Se isso acontecer vamos pedir ajuda a quem? A Deus? A ONU?




Um comentário:

Juan disse...

O texto está fantástico do ponto de vista do conteúdo. Mas uma revisão ortográfica cai bem.