segunda-feira, 6 de abril de 2009

A multiplicação do comunista de Taubaté

Ninguém sabe ao certo a origem do comunista de Taubaté. Há várias versões sobre sua origem e sua história. Quase tudo em torno dessa figura folclórica é mito. Não se sabe se quer se ele realmente é natural da cidade de Taubaté em São Paulo ou se apenas a sua mãe é natural dessa cidade, ou seja, a famosa Neide Taubaté.

O fato é que o comunista de Taubaté é uma figura cômica. Ele é o eterno estudante de graduação – e por conseguinte eterno líder estudantil – de algum curso da área de ciências humanas (história, sociologia, filosofia, etc) de alguma universidade do sudeste do Brasil (PUC-SP, USP, UFRJ, etc), sempre usa a camisa vermelha com o rosto de Che Chevara, sempre profetiza o “fim do capitalismo” e diante de qualquer problema, por mais simples que seja, ele não pensa duas vezes. Simplesmente ele repete: “a culpa é da burguesia”.

O comunista de Taubaté adora tomar umas cervejas em algum bar perto da universidade ou da sede de algum partido de esquerda e sempre tenta explicar aos seus colegas de copo a “psicologia da direita”. Obviamente que ninguém presta atenção ao que ele diz.

Conta-se que ele nunca trabalhou. Segundo ele o trabalho é “um valor burguês”. Ele vivi da eterna mesada que a mãe lhe dá. Algumas pessoas dizem que ele foi beneficiado com uma das várias indenizações milionárias que o atual governo federal pagou e ainda está pagando aos companheiros de caminhada ideológica. Essas indenizações foram apelidadas de “bolsa terrorismo”.

Entre tantas informações que nos chegam sobre o folclórico comunista de Taubaté o grande fato concreto é que ele é uma grande figura cônica. Ninguém acredita em suas profecias e na análise política por ele realizada. Entretanto, todo mundo ri quando ele bêbado, com um copo de cerveja na mão, proclama: “Vivi Fidel Castro, vivi a revolução”.

O problema é que até alguns anos atrás só se encontrava o comunista de Taubaté em lugares específicos como, por exemplo, os centos acadêmicos de cursos universitários da área de ciências humanas. Ele era uma espécie de “animal em extinção”. Entretanto, atualmente o comunista de Taubaté está se multiplicando. Ele pode ser visto na maioria das universidades brasileiras e não apenas na região sudeste. Ele pode ser encontrado na maioria dos partidos políticos e não apenas nos partidos de esquerda. E o pior ele pode ser encontrado dentro dos círculos de intelectuais, na redação dos jornais e revistas. Ele está ganhando notoriedade. Está se transformando em um fenômeno social.

O que aconteceu para que de figura cônica o comunista de Taubaté se transformasse em um fenômeno social?

É difícil dá uma resposta a essa pergunta. Mas, é possível apontar pelo menos dois grandes fatores.

O primeiro fator é a ausência de uma oposição séria no Brasil. Desde que houve a redemocratização – sem fazer nenhum tipo de apologia ao regime militar – o Brasil vivi a ditadura do pensamento único. Ditadura que é bancada pela ideologia da esquerda. Não há no Brasil um pensamento alternativo. Tudo se resume a agenda da esquerda. A conseqüência é que não há debate político sério neste país. A universidade, os jornais e revistas terminam reproduzindo – como faz o comunista de Taubaté – os jargões da esquerda, sem refletir sobre se esses jargões se aplicam ou não a realidade.

O segundo fator é o tipo de educação que as pessoas estão recebendo na atualidade. É uma educação voltada, em sua essência, para a mediocridade. Mesmo no ambiente universitário – que teoricamente deveria formar pessoas com senso crítico – reina a leitura de manuais que apresentam a realidade de forma simples e esquemática. Atualmente não se lê mais Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, Kant e toda a grande riqueza do pensamento Ocidental. Tanto no ensino médio como na universidade se lê os manuais que ensinam as pessoas a serem ricas e bonitas. O pior é que a TV e os jornais passam pelo mesmo processo de embrutecimento.

Diante desses dois graves fatores não se admira que um professor universitário diga a seus alunos que os problemas do mundo são causados pelo capitalismo. Se isso fosse verdade a Correia do Norte seria o paraíso na Terra. Também não se admira que todos os dias apareça nos jornais e na TV as mais simplórias análises da vida social. Análises que – em última instância – colocam a culpa em Deus.

É triste, mas a verdade é que o folclórico comunista de Taubaté está se multiplicando. Atualmente ele está por toda parte. E com a multiplicação dessa figura folclórica multiplica-se também a mediocridade na vida política, social e acadêmica. A única vantagem dessa multiplicação é que haverá mais oportunidades para as pessoas darem boas risadas com os velhos e superados jargões proferidos pelo comunista de Taubaté.

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