Um exemplo da intransigência da sociedade contemporânea
É público e notório que conceitos e valores como democracia, diálogo e pluralismo cultural são altamente difundidos na sociedade contemporânea, principalmente dentro das universidades. Atualmente, é difícil encontrar um(a) aluno(a) ou professor universitário que não tenha algum jargão, alguma frase pronta referente a esses conceitos e valores.
Entretanto, recentemente houve um fato que pode jogar um pouco de luz sobre essa temática. Vejamos o fato: estava marcado para o dia 17/01/2008 uma visita e o pronunciamento de um discurso sobre ética na ciência proferido pelo Papa Bento XVI na universidade La Sapienza em Roma. Como foi amplamente difundido pela mídia circulou uma carta de 67 professores, entre os mais de 4.000 da universidade, dirigida ao reitor, o Sr. Dr. Renato Guarini, na qual pediam que revogasse a visita do Papa. Estes 67 professores conseguiram reunir um pequeno grupo de alunos e juntos promoveram protestos e ameaças ao ponto do Vaticano achar por bem cancelar a visita do Papa. Vale ressaltar que o próprio reitor afirmou que “esse não é o desejo da maioria da comunidade acadêmica da Universidade La Sapienza”.
É preciso observar que os 67 professores que assinaram a referida carta representam apenas 1,6% do corpo docente da universidade e o grupo de alunos que estes professores reuniram representa menos de 1% do total de alunos dos mais de 10.000. Logo, estamos diante de uma minoria que conseguiu impor sua ideologia à maioria.
É preciso ressaltar que um dos postulados básicos da democracia, do diálogo e do pluralismo cultural é o fato do outro, do adversário, ter a chance de expor suas idéias. Mesmo que um indivíduo seja ateu ou membro de outra religião, diferente do cristianismo, é preciso ouvir a mensagem do Papa. Isto se dá por dois grandes motivos. Primeiro, o Papa é o líder de uma das maiores e mais influentes religiões do mundo. Logo, sua mensagem, por mais que o indivíduo discorde, deve ser ouvida. Segundo, Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI, é um dos maiores pensadores vivos. A maioria dos professores universitários nunca leu 10% dos livros que ele leu e nem publicou sequer 1% da sua volumosa obra. Um intelectual com essas credenciais merece ser ouvido. A religião, e especialmente a Igreja Católica, avançou rumo a espaços de diálogo e de pluralismo sócio-cultural. Quem não avançou foi a grande sociedade e mais especificamente o mundo acadêmico. Os conceitos e valores como democracia, diálogo e pluralismo cultural são, muitas vezes, discursos vazios. Na hora de colocar em prática esses conceitos, como foi o caso da visita do Papa à Universidade La Sapienza em Roma, eles são negados. E o pior, além de serem negados, a sociedade termina sendo dominada por uma minoria, uma micro-ditadura, que impõe sua ideologia a todos os demais. A fracassada visita do Papa à Universidade La Sapienza é um pequeno exemplo da intransigência reinante na sociedade contemporânea
Entretanto, recentemente houve um fato que pode jogar um pouco de luz sobre essa temática. Vejamos o fato: estava marcado para o dia 17/01/2008 uma visita e o pronunciamento de um discurso sobre ética na ciência proferido pelo Papa Bento XVI na universidade La Sapienza em Roma. Como foi amplamente difundido pela mídia circulou uma carta de 67 professores, entre os mais de 4.000 da universidade, dirigida ao reitor, o Sr. Dr. Renato Guarini, na qual pediam que revogasse a visita do Papa. Estes 67 professores conseguiram reunir um pequeno grupo de alunos e juntos promoveram protestos e ameaças ao ponto do Vaticano achar por bem cancelar a visita do Papa. Vale ressaltar que o próprio reitor afirmou que “esse não é o desejo da maioria da comunidade acadêmica da Universidade La Sapienza”.
É preciso observar que os 67 professores que assinaram a referida carta representam apenas 1,6% do corpo docente da universidade e o grupo de alunos que estes professores reuniram representa menos de 1% do total de alunos dos mais de 10.000. Logo, estamos diante de uma minoria que conseguiu impor sua ideologia à maioria.
É preciso ressaltar que um dos postulados básicos da democracia, do diálogo e do pluralismo cultural é o fato do outro, do adversário, ter a chance de expor suas idéias. Mesmo que um indivíduo seja ateu ou membro de outra religião, diferente do cristianismo, é preciso ouvir a mensagem do Papa. Isto se dá por dois grandes motivos. Primeiro, o Papa é o líder de uma das maiores e mais influentes religiões do mundo. Logo, sua mensagem, por mais que o indivíduo discorde, deve ser ouvida. Segundo, Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI, é um dos maiores pensadores vivos. A maioria dos professores universitários nunca leu 10% dos livros que ele leu e nem publicou sequer 1% da sua volumosa obra. Um intelectual com essas credenciais merece ser ouvido. A religião, e especialmente a Igreja Católica, avançou rumo a espaços de diálogo e de pluralismo sócio-cultural. Quem não avançou foi a grande sociedade e mais especificamente o mundo acadêmico. Os conceitos e valores como democracia, diálogo e pluralismo cultural são, muitas vezes, discursos vazios. Na hora de colocar em prática esses conceitos, como foi o caso da visita do Papa à Universidade La Sapienza em Roma, eles são negados. E o pior, além de serem negados, a sociedade termina sendo dominada por uma minoria, uma micro-ditadura, que impõe sua ideologia a todos os demais. A fracassada visita do Papa à Universidade La Sapienza é um pequeno exemplo da intransigência reinante na sociedade contemporânea
Um comentário:
Cara, quando se entra na teoria você é muito bom em escrever. Concordo plenamente, não é preciso ser cristão ou seguir o papa para aceitá-lo em uma congresso ou conferência e ter respeito. Perfeito.
Mas por que no seu artigo sobre a lei da homofobia você não segue o mesmo princípio? Neste artigo você é contra. Seriam então dois pesos e duas medidas?
No artigo sobre o aborto você diz que existem pessoas pró-aborto. Eu não sou a favor do aborto, jamais concordaria com um, mas sou a favor sim de sua legalização. São coisas diferentes. Não sou cristão mas existe um líder mundial que é o Papa. A mesma coisa.
Já que você escreve tão bem, não use ideias interessantes e corretas para mascarar manipulação de opiniões.
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