segunda-feira, 27 de abril de 2009

Quem financia a Teologia da Libertação?

A Teologia da Libertação (TL), de forte teor marxista, afirma defender os pobres e desejar libertar o ser humano da opressão social. De certa forma, os padres e os religiosos oficialmente ligados e simpatizantes dessa corrente teológica são duplamente pobres. De um lado, são pobres porque fazem voto de pobreza e vivem oficialmente à custa de doações dos fiéis. Do outro lado, são pobres porque seguem uma ideologia que faz apologia da pobreza.

Entretanto, há uma coisa a ser observada, ou seja, o grande poder de comunicação e de mobilização humana que a Teologia da Libertação possui na América Latina. A TL realiza constantemente grandes eventos (congressos, simpósios, etc) nacionais e internacionais, mantêm uma ampla rede de sites na Internet, páginas em jornais, programas de rádio e TV, possui uma ambiciosa política de publicação de livros e tem sob seu controle dezenas de revistas acadêmicas e de informação geral.

É até contraditório que padres e religiosos que são duplamente pobres tenham dinheiro para criar e manter uma rede de comunicação e de mobilização humana tão grande. Da onde vem tanto dinheiro? Quem financia a Teologia da Libertação?

Uma pessoa comum poderá responder que quem financia a gigantesca máquina de comunicação e de mobilização humana da TL é a Igreja Católica que, após 2.000 anos de história, conseguiu juntar grandes somas de dinheiro e muita experiência administrativa.

Essa resposta poderia até estar correta se não fosse um fato muito sério. O fato é que devido à opção ideológica da TL, ou seja, o materialismo ateu pregado pelo marxismo, a Igreja sempre viu com certa desconfiança a pregação revolucionária da TL. Essa desconfiança só fez aumentar. Até que em 06 de agosto de 1984 o Vaticano, por meio a Congregação para a Doutrina a Fé, publicou a Instrução sobre alguns aspectos da “Teologia da Libertação”. Nessa instrução a Santa Sé realiza uma aprofundada análise dos pressupostos teóricos da TL e concluí que as posições da TL são “incompatíveis com a visão cristã do homem” (VIII, 1), ou seja, a Teologia da Libertação pode até ser um ótima propaganda do marxismo e do materialismo, mas não é uma expressão teológica que mereça ser seguida pelos fieis católicos.

Após esse pronunciamento oficial da Igreja, cada vez mais, as organizações e os fiéis católicos passaram a financiar, cada vez menos, a TL. Teoricamente era para, após este pronunciamento, grande parte da capacidade logística dessa expressão teológica ter ficado fragilizada. Entretanto, a realidade é outra. Após o ano e 1984 a TL cresceu ainda mais sua estrutura de comunicação e capacidade de mobilização humana. O que aconteceu?

Se as organizações e os fiéis católicos não estão mais financiando a TL, quem está? E a Igreja não financia a TL, quem financia?

É difícil dá uma resposta definitiva para essa pergunta, mas é possível citar duas grandes fontes de recursos financeiros para abastecer a gigantesca máquina de propaganda da TL.

A primeira fonte pode ser classificada de “clássica”, ou seja, é uma fonte anterior a década de 1990.

A fonte “clássica” pode ser dividida em duas origens.

A primeira é o regime socialista de Cuba. Esse regime sempre foi visto pelos líderes e pela militância da TL como o modelo político a ser implantada na América Latina. Havia – e continua havendo – um acordo entre o regime socialista de Cuba e a TL. A TL defende esse regime e, em troca, o regime financia parte do aparato de comunicação da TL. O problema é que Cuba tem uma economia muito fragilizada e, por conseguinte, nunca teve condições de doar grandes somas de dinheiro para a TL.

A segunda são organizações, fundações privadas e ONGs que não tem qualquer vínculo oficial com a Igreja. Inclusive, muitas vezes, são organizações anticristãs. A opção ideológica da TL, ou seja, o materialismo ateu oriundo do marxismo, é vista por essas organizações como uma possibilidade concreta de poder entrar dentro da Igreja idéias anticristãs que são rejeitadas pelos Evangelhos e pelo Magistério. Entre essas idéias estão: o ateísmo, o aborto, o secularismo, o fim do casamento, a promiscuidade e outras. Há um acordo, não oficial, entre a TL e essas organizações. Por esse acordo, essas organizações financiam a gigantesca estrutura de comunicação e de mobilização humana da TL e, por sua vez, a TL espalha no meio dos cristãos idéias e valores rejeitados pelo Magistério da Igreja. Não é a toa que a Teologia da Libertação afirma abertamente discordar da interpretação oficial dos textos Sagrados realizada pela Igreja.
A segunda fonte de financiamento, ou seja, a fonte não “clássica”, é estabelecida a partir da década de 1990 e vem até o presente momento histórico. Essa fonte são os diversos regimes esquerdistas estabelecidos na América Latina, em países como: Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador e mais recentemente o Paraguai.

A TL fez – e continua fazendo – campanha política em defesa desses regimes. Obviamente, que numa sociedade livre a TL pode escolher fazer campanha política para a ideologia que quiser. A questão é que desde a sua origem na década de 1960 sempre houve uma íntima afinidade ideológica entre a Teologia da Libertação e a esquerda na América Latina. Essa afinidade não foi rompida nem nos casos em que a esquerda latino-americana enveredou pelo caminho do autoritarismo e do totalitarismo como, por exemplo, em Cuba, na Nicarágua e mais recentemente na Venezuela.

Com o crescimento econômico mundial na década de 1990 e com os altos preços do barril de petróleo, que só foram interrompidos com a crise econômica mundial estabelecida em 2008, os novos regimes de esquerda implantados na América Latina (Brasil, Venezuela, Bolívia e Equador) passaram a desfrutar de altas somas de dinheiro. Parte desse dinheiro foi – e continua sendo – utilizada para estruturar e aparelhar à esquerda nos países da América Latina.

E justamente uma das formas de estruturar e aparelhar à esquerda latino-america é financiar a máquina de propaganda da Teologia da Libertação. Com isso, a TL passa a receber altas somas de dinheiro para poder manter e expandir sua estrutura de mobilização humana.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nunca li tanta besteira junta!

Anônimo disse...

O cidadão acima infelizmente sofreu lavagem cerebral. Não adianta nem a Igreja se posicionar contra essa aberração religiosa chama teologia da libertação, que o cidadão sairá de sua irredutibilidade.

E essa maneira tosca de tentar por abaixo um argumento substancialmente plausível como o texto desta página só mostra como os adeptos da teologia da libertação e de qualquer grupo esquerdista são ignorantes, néscios e sem base alguma para sustentar qualquer linha do pensamento dessas correntes.

Luiz - Camboriú
luancamboriubeach@yahoo.com.br