quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sérgio Cabral e o aborto

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), reacendeu nesta terça-feira, 14/12/2010, o debate sobre o aborto. Sérgio Cabral falava em São Paulo, num fórum empresarial em que se discutiam as oportunidades de negócios no Rio de Janeiro, quando, de forma súbita, ele se dirigiu à plateia de empresários é fez a seguinte indagação: "Quem aqui não teve uma namoradinha que teve de abortar?".

A pergunta não tinha nada a ver com o tema que estava sendo discutido. Logo após a palestra, ele deu a explicação que o aborto é um tema de saúde pública e que milhares de mulheres estão morrendo porque não estão fazendo um aborto em um hospital público.

É preciso ver que a repentina declaração de Sérgio Cabral faz parte da nova ofensiva para legalizar o aborto no Brasil.

De um lado, o PT, o partido do aborto, deseja legalizar essa prática de qualquer forma e a qualquer custo. Inclusive o PT possui uma série de diretrizes, em seu estatuto, fóruns e outros documentos oficiais, onde a legalização do aborto é posta como algo essencial a prática revolucionária do partido. No entanto, quase que o partido perdeu a última eleição presidencial, justamente porque defende, de forma radical, o aborto. Até mesmo a então candidata Dilma Rousseff, árdua defensora do aborto, teve que ir para a mídia dizer que é contra essa prática.

Do outro lado, a declaração de Sérgio Cabral pode ser vista como o “cartão de apresentação” da nova estratégia para legalizar o aborto no Brasil. Não é mais o PT ou algum filiado desse partido, mas um líder do PMDB quem defende o aborto. As declarações do governador do Rio de Janeiro são o resultado do explosivo pacto entre PT e PMDB. Um pacto que envolve, em uma frente, o pragmático PMDB, um partido no estilo “tudo por dinheiro”, e, em outra frente, o PT, um partido no estilo “tudo pelo poder”.

Ninguém deve brincar com o pacto PT-PMDB. Esse pacto, cujo pronunciamento de Sérgio Cabral foi apenas uma amostra, poderá trazer sério problemas para o país. Um deles é uma tentativa selvagem de legalização do aborto. Dentro do PMDB não faltará algum político pragmático, que em troca de dinheiro e cargos públicos, irá apresentar um projeto de lei para legalizar a prática abortiva e, por sua vez, não falarão políticos do PT para defender esse projeto.

A declaração do governador Sério Cabral (PMDB) ofendeu a dignidade da mulher, do homem e chocou por terra toda a ética. Sérgio Cabral reduziu toda a vida humana ao ato de fazer sexo e, caso haja alguma gravidez, recorrer à prática do aborto. Por mais que a sociedade contemporânea não possa ser considerada romântica, o fato é as pessoas não namoram apenas para faze sexo e, por conseguinte, a gravidez não pode terminar em um aborto. É por causa desse pensamento pequeno, antiético e desumano que os países europeus, que antes eram os promotores do desenvolvimento mundial, hoje amargam altas taxas de envelhecimento e praticamente não nascem novos seres humanos. A cultura de não ter filhos, de namorar e fazer um aborto, defendida por Sério Cabral, é uma das responsáveis pelos atuais problemas enfrentados pela velha Europa.

Na prática Sérgio Cabral (PMDB) não passa de um político tradicional, oportunista e fisiologista. Enquanto o estado do Rio de Janeiro, que já foi um dos melhores lugares do mundo para se viver, mergulha na tragédia da guerra contra o tráfego de drogas, ele vai para frente das câmaras de TV fazer um discurso falacioso e defender o aborto. É como se legalizando o aborto todos os problemas do Rio de Janeiro e das grandes cidades estarão resolvidos. Sérgio Cabral é o típico político que precisa ser abortado da vida pública brasileira. Enquanto os cidadãos brasileiros votarem em políticos no estilo “Sérgio Cabral” as cidades continuarão sendo controladas por bandidos e mergulhadas em todo tipo de problemas sociais. O que os políticos no estilo “Sérgio Cabral” têm para oferecer é algum delírio no estilo: "Quem aqui não teve uma namoradinha que teve de abortar?".

Refazendo a frase do governador Sério Cabral, pergunta-se: “Quem não teve vontade de abortar um político como Sérgio Cabral?” Penso que está na hora de sairmos da vontade e de fato abortarmos da vida pública políticos que falem tanta besteira, como, por exemplo, Sérgio Cabral (PMDB).

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